Derek Chauvin, o ex-polícia que a 25 de Maio de 2020 asfixiou o afro-americano George Floyd, será julgado em março, separadamente dos outros agentes que estiveram presentes no local do crime.
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Segundo deliberação do juiz Peter Cahill, citada pela AP, as limitações de espaço da sala de audiências, devido à pandemia de covid-19, obrigam a que Chauvin seja julgado em separado dos outros agentes, que comparecerão perante o tribunal em agosto.
O facto de cada um dos quatro réus ter o seu advogado e outro pessoal jurídico na sala de audiências torna "impossível cumprir as restrições físicas" ditadas pelo combate à pandemia, refere o juiz na deliberação hoje divulgada.
A decisão é contestada pelos procuradores responsáveis pela acusação, que consideram que os três ex-agentes terão assim uma vantagem em relação a Chauvin, dado que conhecerão o teor das declarações das testemunhas de acusação meses antes de serem julgados.
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Chauvin é acusado de homicídio em segundo grau, enquanto os ex-agentes Thomas Lane, Tou Thao e J. Alexander Kueng são acusados de cumplicidade no crime.
Na deliberação de hoje, o juiz Cahill recusou um pedido dos procuradores de adiamento do julgamento de Chauvin, de 8 de Março para 7 de Junho, apresentado na semana passada com base nos riscos associados à pandemia de Covid-19.
As imagens do crime, que motivaram protestos em todos os Estados Unidos durante o verão, mostram Chauvin a pressionar com o joelho o pescoço de Floyd durante vários minutos, enquanto este está algemado e imobilizado no chão.
As últimas palavras de Floyd captadas pelo vídeo, "não consigo respirar", tornaram-se um slogan dos protestos anti-violência policial contra a comunidade afro-americana em todo país, e até em cidades europeias, como Londres e Paris.