A Polícia sueca confirmou que as duas explosões no centro de Estocolmo foram um "acto de terrorismo" perpetrado por um suicida que se matou e causou ferimentos em duas pessoas numa rua comercial muito movimentada.
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A Polícia não revela qual terá sido a motivação do ataque de sábado, mas a agência de notícias sueca TT revela que recebeu uma ameaça por e-mail pouco tempo antes da explosão. Nessa mensagem, em nome da "guerra santa islâmica", aponta-se como razão do ataque o envolvimento da Suécia na missão militar ocidental no Afeganistão e a publicação de caricaturas de Maomé na imprensa.
Não foi declarado o estado de alerta motivado pela ameaça terrorista no entanto a Polícia afirma que está a investigar os ataques como sendo um "crime de terror", disse o porta-voz da Polícia, Anders Thornberg.
«Quando avaliamos os critérios e a série de acontecimentos que ocorreram, verificamos que se encaixa na descrição de crime de terror", disse Thornberg aos jornalistas.
Thornberg não quis confirmar se o homem que morreu nas explosões tinha explosivos no seu corpo. A Suécia elevou o estado de alerta de"baixo" para "elevado" em Outubro devido a um conjunto de actividades entre grupos que as autoridades suspeitaram que poderiam estar a planear ataques no País.
"Agora serão os vossos filhos, filhas e irmãos a morrer como morrem os nossos irmãos, irmãs e filhos", referia o e-mail recebido pela agência sueca.
Uma pessoa morreu e duas ficaram ligeiramente feridas em duas explosões, quase simultâneas e a poucos metros de distância, numa das zonas mais movimentadas de Estocolmo, em plena época de compras de Natal.
O canal de televisão público sueco AVT referiu que a vítima mortal é o autor do atentado, tendo sido ainda descoberto um saco cheio de pregos.
Um porta-voz da polícia e dos serviços secretos suecos assegurou que se desconhece a identidade da vítima mortal e não confirmou se a vítima da explosão foi a mesma que enviou o e-mail.
O ministro dos Negócios Estrangeiros sueco, Carl Bildt, afirmou que as explosões foram um atentado terrorista, numa mensagem divulgada na rede social Twitter.
A imprensa de Estocolmo refere hoje testemunhos que afirmam ter ouvido o presumível terrorista "gritar algo em árabe" antes de se imolar.
Os diários Aftonbladt e Dagens Nyheter asseguram, citando fontes policiais, que o homem transportava seis engenhos explosivos, mas que só funcionou um devido a uma "má montagem".