A polícia turca usou, este sábado, canhões de água para dispersar milhares de manifestantes, que regressaram à praça Taksim, em Istambul.
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Segundo a agência France Presse, após vários dias de calma, que se seguiram a três semanas de protestos sem precedentes contra o Governo turco, os manifestantes concentraram-se na praça Taksim para assinalar a operação policial, uma semana antes, no parque Gezi, junto à praça e último bastião da contestação antigovernamental.
Os manifestantes voltaram a exigir a demissão do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, gritando: "isto é apenas o princípio, a luta continua".
Lançaram cravos vermelhos no local e nos passeios que conduzem ao parque Gezi, em homenagem aos mortos, feridos e detidos durante a repressão policial das manifestações.
Ao fim de uma hora e meia e de vários apelos para que os manifestantes abandonassem a praça, a polícia entrou em ação e centenas de elementos antimotim empurraram a multidão com os escudos, apoiados por canhões de água.
A polícia não usou granadas de gás lacrimogéneo, cuja utilização em massa contra os manifestantes, durante as últimas semanas, foi fortemente criticada, nomeadamente, por associações de médicos.