Um deputado do Partido dos Piratas da Alemanha, Gerwald Claus-Brunner, é suspeito de torturar e matar um homem, apontado como seu ex-namorado.
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Os corpos dos dois homens foram descobertos pela polícia alemã na segunda-feira, depois de o Partido dos Piratas ter recebido uma carta de despedida de Gerwald Claus-Brunner, em que dizia que no momento em que a carta fosse lida já estaria morto.
A polícia avança com a tese de homicídio seguido de suicídio. O político ter-se-á eletrocutado depois de assassinar um jovem de 29 anos, apontado por alguns membros do Partido dos Piratas como o ex-namorado.
A relação entre os dois acabou em junho deste ano e o antigo companheiro do deputado chegou a apresentar queixa na polícia por perseguição.
Gerwald Claus-Brunner terá contado aos colegas do partido que padecia de uma doença incurável, informação que, de acordo com o jornal alemão "Bild", foi desmentida na autópsia.
Claus-Brunner era um político polémico e que dava nas vistas pela indumentária que levava para os debates do parlamento da cidade de Berlim. Usava roupas de cor e lenços na cabeça (chegou a usar um com a bandeira da Palestina e foi acusado de antissemitismo; em resposta usou uma estrela de David).
O Partido dos Piratas entrou para o Parlamento de Berlim em 2011, com 15 lugares, com um programa político que defendia a liberdade de circulação de dados na internet e a luta contra o poder político estabelecido e a vigilância do governo.
O partido perdeu, nas eleições regionais deste domingo, todos os assentos que tinha no Parlamento de Berlim.