"Popeye", que era o braço direito do narcotraficante colombiano Pablo Escobar, saiu na terça-feira da prisão depois de cumprir dois terços da pena e de ter colaborado com a justiça para condenar um antigo ministro da Justiça.
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John Jairo Velasquez Vasquez, que confessou ter matado 300 pessoas e ter estado envolvido na morte de outras 3000 pessoas nas décadas de 1980 e 1990, no âmbito da guerra do cartel de Medellín contra o Estado colombiano e contra máfias rivais, foi libertado de uma prisão de alta segurança no centro da Colômbia depois de cumprir 22 anos de uma sentença de 30 anos por homicídio, informaram fontes da polícia e judiciais.
"Popeye" foi condenado pelo homicídio, em 1989, do candidato presidencial Luis Carlos Galan, mas foi libertado depois de se ter tornado testemunha do Estado contra o antigo ministro da Justiça Alberto Santofimio, candidato rival às eleições presidenciais de 1990, que foi condenado por ordenar a morte de Galan.
Luis Carlos Galan tinha denunciado a influência e crescente poder das máfias e cartéis de droga na sociedade e política colombiana, e era favorito a ganhar as eleições, foi morto a tiro na praça pública, nos arredores de Bogotá, quando se preparava para discursar.
O homicídio foi levado a cabo por homens armados leais a Escobar, o fundador do cartel de Medellin.
Pelo mesmo assassinato foi condenado, a 24 anos de prisão, o ex-senador e ex-ministro Alberto Santofimio Botero, que segundo investigações sugeriu a Escobar matar Galan.
Atualmente com 52 anos, "Popeye" obteve "liberdade condicional (...) por um período experimental de 52 meses e 22,7 dias", indica uma ordem judicial citada pela AFP.