Um morador de Petín, em Ourense, na Galiza, foi detido pela Guarda Civil espanhola, no domingo, como suposto autor de um incêndio em O Bolo. Foi libertado pelo tribunal de A Pobra de Trives e saudado como herói pela população, por ter feito um contrafogo que terá ajudado a salvar a povoação.
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O homem, de 61 anos, foi libertado na tarde de segunda-feira, com a obrigação de comparecer perante as autoridades nos dias 1 e 15 de cada mês. No momento da detenção e transferência para o tribunal, mais de 150 habitantes de Petín, entre eles a autarca local, deslocaram-se a Trives para manifestar apoio ao seu vizinho e denunciaram que a sua detenção foi "injusta" e que está a ser utilizado como bode expiatório.
El juez deja en libertad al vecino de Petín detenido por un incendio en O Seixo, tras comprobar que actuó con el respaldo de cientos de vecinos que aseguran que salvó casas y vidas con un contrafuego.
- A3Galicia (@Antena3Galicia) August 18, 2025
Más de 200 personas se desplazaron hasta Trives para apoyarlo,... pic.twitter.com/IHhh8f5HNF
Os habitantes da aldeia lamentaram que "se detenham os únicos que ficaram nas aldeias para apagar o pouco que se salvou". "Prender os voluntários, verdadeiros heróis desta catástrofe, é a gota que faz transbordar o copo após o abandono sofrido durante estes dias", indicaram, acrescentando que "os verdadeiros responsáveis parecem precisar de um bode expiatório".
Petín (Galicia) protestan para que la Guardia Civil le libere
- Malas Lenguas (@MalasLenguasLa2) August 19, 2025
Provocó un contrafuego sin permiso y la fiscalía le acusó de un posible delito pic.twitter.com/RCg2dwpjP6
Um dos manifestantes explicou à Europa Press que o homem detido era um voluntário que acendeu "uma espécie de barreira de contrafogo" e que estava "a tentar salvar a aldeia", porque tem conhecimentos sobre como agir em caso de incêndios. Após a divulgação da decisão judicial sobre o detido de Petín, acusado de provocar um incêndio em O Bolo, o Ministério Público informou que havia solicitado a medida de prisão preventiva evitável mediante o depósito de uma fiança de dois mil euros, com base nas provas incriminatórias.