Porta-voz do Governo francês atacada durante ação de campanha

O caso foi divulgado na noite de terça-feira pelo primeiro-ministro, Gabriel Attal, que referiu que o ataque foi cometido por quatro pessoas quando Prisca e membros da sua equipa estavam a colar cartazes, em Meudon, na periferia de Paris.

O Ministério Público anunciou que foi aberta uma investigação ao incidente, classificado como ataque com arma contra um funcionário público. Não foram reveladas as motivações nem sobre quem recaem as suspeitas da autoria do ataque.

Numa publicação que fez na rede X, Gabriel Attal disse: “A violência e a intimidação não têm lugar na nossa democracia. Não têm lugar na nossa República”. Na mesma rede, Prisca Thevenot afirmou que “a violência nunca é a resposta”, anunciando que abandona a campanha no terreno.

E terá sido por causa das redes, precisamente, que uma candidata da União Nacional acabou por ser afastada da corrida. Ludivine Daoudi, que concorreu na primeira volta pelo círculo eleitoral de Caen, protagonizou uma polémica devido a uma fotografia em que aparece com um chapéu da Luftwaffe, a força aérea nazi. A imagem circulou nas redes sociais, foi divulgada por vários jornais franceses e, na terça-feira, a candidatura foi retirada.

Philippe Chapron, delegado da União Nacional em Calvados, confirmou à France Bleu Normandie que a imagem foi captada "há vários anos, num mercado de armas em Saint-Pierre-sur-Dives" e que a candidata não negou a sua veracidade. “A fotografia é de mau gosto”, admitiu o dirigente, que confirmou o afastamento da candidata. Ludivine Daoudi tinha ficado em terceiro lugar em Caen, com 19,95% dos votos, na primeira volta das legislativas

Para a segunda volta, neste domingo, o Ministério do Interior vai destacar cerca de 30 mil polícias em todo o país, na tentativa de evitar problemas. Na semana passada, mal se soube que a extrema-direita tinha sido vencedora com cerca de 33% dos votos, houve manifestações violentas, em particular na capital francesa.