<p>Os protestos dos trabalhadores do sector do carvão têm vindo a aumentar, com vários trabalhadores em greve de fome e cerca de 50 encerrados em minas na região de Castela e Leão. Entre os mineiros que se encontram barricados está um português.</p>
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Os mineiros estão encerrados há 15 dias a 500 metros de profundidade e prometem continuar a luta pela defesa do sector. Entre os trabalhadores, há pelo menos um português.
Segundo informações dos sindicatos, vivem-se momentos de tensão no interior das minas: um dos trabalhadores sofreu ontem um ataque de ansiedade, a que se soma a baixa moral e os problemas físicos que afectam todos os mineiros.
A última ronda negocial entre Governo e sindicatos terminou ontem sem acordo e com uma declaração de quatro dias de greve. Um desfecho que os mineiros barricados descreveram como um "balde de água fria".
Noutro protesto, vários trabalhadores decidiram permanecer, por tempo indeterminado, na sede do Ministério da Indústria em Madrid, solidarizando-se com os mineiros que estão nas várias minas no noroeste do país.
Sector do carvão em perigo
Ameaçadas de falência, as empresas pressionam o Governo para encontrar uma solução concreta para o sector. Um problema agravado pelo facto de Bruxelas ter decretado que a partir de 2014 as empresas inviáveis terão de fechar, uma vez que não poderão contar com os apoios estatais.
Este mês, para além dos protestos no interior de minas, já houve manifestações e cortes de estradas. Os trabalhadores têm já vários meses de salários em atraso, apesar do sector continuar a receber ajudas do Governo.
O executivo espanhol criticou o facto de haver salários em atraso, ameaçando abrir acções para recuperar os apoios que o sector recebeu do Estado desde Junho de 2009 se a situação não se alterar.