Cadáver apresentava profundo golpe no crânio que não seria compatível com uma simples queda.
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O português encontrado morto num poço na Galiza há cerca de 14 meses foi mesmo vítima de homicídio, confirmando-se as suspeitas iniciais, revelaram, esta sexta-feira, ao JN fontes policiais espanholas, segundo as quais decorrem já investigações para se tentar esclarecer os contornos do caso e chegar aos responsáveis pela morte violenta do homem.
De acordo com as mesmas fontes, o cadáver apresentava um profundo golpe no crânio, que à partida, não seria compatível com uma simples queda, mas foi já durante a autópsia, no Instituto de Medicina Legal da Galiza (IMELGA), que se confirmou ter sido vítima de uma forte pancada na cabeça e atirado ainda com vida para dentro do poço e fechada a tampa, pelo que, tudo o indica, ainda agonizou, sozinho, antes de morrer, dada a gravidade dos ferimentos.
A vítima, cuja identidade ainda não foi revelada, a fim de não prejudicar as investigações, tinha 37 anos de idade e era natural de Viana do Castelo, mas residia em O Porriño desde finais de 2018, tendo sido reconhecido em Pontevedra pela sua mãe, já a partir de sinais peculiares, como a fratura de um osso, depois de confirmado o ADN de ambos.
Encontrada em 21 de fevereiro de 2021, dentro de um poço, na localidade de O Cerquido, concelho de O Porriño, a vítima tinha desaparecido de Portugal em dezembro de 2018, já depois de deixar o emprego, em Viana do Castelo, admitindo-se que se dedicasse à venda e compra de automóveis.
Continua a ser desconhecido o móbil do crime, sabendo-se, no entanto, que as autoridades policiais galegas estão a fazer as diligências especialmente entre O Porriño e Mos, as localidades que a vítima residia, trabalhava e mais frequentava.