O secretário de Estado das Comunidades confirmou, este domingo, a morte de um jovem cidadão português no atentado de quinta-feira em Marraquexe, em Marrocos.
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Em comunicado, António Braga confirmou que "um jovem cidadão português foi vítima do brutal atentado de Marraquexe" e apresentou, em nome do Governo, as condolências à família.
Tal como noticiou o JN, trata-se de um jovem português, André da Costa, de 23 anos, residente em Cadenazzo, Suíça, na fronteira com Itália. O rapaz chegou a Marrocos, acompanhado de três amigos para uma visita turística, no domingo de Páscoa. Um deles, Corrado Mondada, também está entre as vítimas do atentado.
As raparigas Cristina Caccia, de Cadenazzo, e Morena Pedruzzi, de Lavorgo, também ficaram gravemente feridas. Nesse mesmo dia, foram resgatadas por um avião proveniente de Zurique, com dois médicos e duas enfermeiras a bordo. Neste momento, encontram-se internadas, em estado que inspira cuidados, no Hospital Universitário de Zurique.
Os quatro amigos estavam na esplanada do café Argana, na célebre praça Jamaa el-Fna de Marraquexe, pouco antes do meio-dia, quando ocorreu a explosão, que fez 16 mortos e duas dezenas de feridos, quase todos estrangeiros. Por azar do destino, nesse dia deveriam ter participado num safari, mas o estado febril de Corrado Mondada fez com que ficassem por Marraquexe.
André Costa trabalhava no cantão de Ticino como marceneiro. Ele e a sua família estavam muito ligados à comunidade lusófona local. O pai, natural de Tarouca, tal como a mãe, havia sido vice-presidente da Casa do Benfica, em Cadenazzo.
Os pais e o irmão, de 15 anos, encontram-se em estado de choque. Amigos do André Costa, em Cadenazzo, também ficaram chocados com a notícia. Tinham estado todos juntos com o André, no sábado anterior ao dia de Páscoa, a assistir ao jogo do Benfica com o Paços de Ferreira pela televisão.
Os corpos chegam a Cadenazzo quarta-feira e os funerais decorrem no dia seguinte.