Susana Catarino é portuguesa e vive em Boston há cerca de um mês. Segunda-feira, 15 de abril, dia feriado, foi em casa, nos arredores daquela cidade, que soube das explosões que abalaram a maratona de Boston, causando dois mortos e dezenas de feridos.
Corpo do artigo
"Não há pânico, mas os americanos estão preocupados e com medo", disse Susana Catarino, em entrevista telefónica ao JN.
"Estão principalmente assustados, porque temem que este possa ser o primeiro de outros atentados que podem vir", acrescentou.
"As pessoas receiam um novo 11 de setembro, que também começou com um atentado num sítio e seguiram-se outros. Comentam o que se passou, estão preocupadas e talvez amanhã não vão trabalhar", acrescentou Susana Catarino.
Investigadora de uma empresa de biotecnologia espanhola, Susana Catarino está em Boston há cerca de um mês. Vive em Malden, nos arredores da cidade, numa zona mais calma, onde o eco das explosões chega amplificado pelos media.
"A polícia pede para as pessoas não saírem de casa. O meu filho tinha uma consulta no pediatra e pensamos em não ir, mas como era perto de casa, longe do centro de Boston, decidimos ir e tudo parecia normal, tudo funcionava normalmente", disse Susana Catarino, que vivem em Boston com o marido e o filho de dois anos, o Elias.
"Agora já não saímos mais de casa. Amanhã, ligamos a televisão bem cedido e logo vemos se vamos trabalhar ou não", disse Susana Catarino, consciente de que não será fácil chegar ao laboratório. "Os comboios estão parados, não sabemos ainda como vai ser amanhã", acrescentou.