Previsível consolidação da extrema-direita nas eleições de domingo faz os lusos que vivem na Alemanha refletirem sobre o futuro do país.
Corpo do artigo
As sondagens apontam que a extrema-direita deve tornar-se, no domingo, a segunda força política na Alemanha. Esta ascensão, numa campanha eleitoral em que a imigração foi o tema predominante, não assusta os portugueses que vivem no país ouvidos pelo JN. Estes esperam uma solução para o próximo Governo germânico que envolva os partidos tradicionais, como a CDU ou o SPD.
Jorge da Silva, na Alemanha desde 1972, tem fortes críticas ao atual Executivo e, principalmente, aos Verdes. Refere a crise no setor automóvel - que tenta transitar dos carros a combustão para os elétricos - e o aumento dos custos de energia, principalmente com a guerra na Ucrânia. Quando fez a leitura anual do contador de luz, teve de pagar mais 580 euros. “E já assim pago 200 e tal euros, 240 euros, só de eletricidade por mês”, conta o residente em Osnabrück, na Baixa Saxónia, no Noroeste do país.