Mariana Mortágua, Sofia Aparício, Miguel Duarte e Diogo Chaves aterraram em Portugal ao final da noite, onde foram recebidos com aplausos e cravos vermelhos.
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Os quatro portugueses que integraram a missão humanitária da Flotilha Global Sumud, detidos ilegalmente na noite da passada quarta para quinta-feira quando as embarcações em que seguiam foram intercetadas pela Marinha israelita, a cerca de 70 milhas da costa de Gaza, foram hoje libertados da prisão de Ketziot, situada no deserto de Negev, em Israel, e repatriados para Portugal; tendo aterrado no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, pelas 22.30 horas, onde chegaram após escala em Madrid. A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves foram acolhidos, já perto da meia-noite, por um mar de apoiantes que encheram o aeroporto para aplaudir os portugueses que tentaram furar o cerco marítimo ao enclave devastado. "Fomos maltratados pelas forças israelitas", disse Miguel Duarte à chegada, acrescentando que estiveram presos em jaulas, ao sol, durante muito tempo.
Segundo Mariana Mortágua, os ativistas estiveram quatro dias na prisão em Israel, onde viram "camaradas a serem espancados" e onde estiveram "várias horas algemados". A coordenadora do Bloco de Esquerda disse ainda que foram "provocados pelo ministro israelita [Itamar Ben-Gvir]" e que, embora a detenção tenha sido difícil, viram a "diferença entre ser europeu e palestiniano".