O Governo português está a preparar a retirada de cerca de 20 cidadãos nacionais do Líbano, na sequência do escalar do conflito entre o Hezbollah e Israel.
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Fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que se escusou a avançar quando será realizada a retirada dos cidadãos portugueses, por razões de segurança, indicou à agência Lusa que se trata da execução do plano anunciado pelo primeiro-ministro, em Nova Iorque.
Luís Montenegro disse, na quarta-feira, que o Governo português tem mecanismos prontos para retirar os portugueses que queiram sair do Líbano.
Os ataques israelitas de quinta-feira causaram 92 mortos e 153 feridos, segundo as autoridades libanesas.
O Exército israelita informou na quinta-feira que "ataques precisos" tinham matado o chefe da unidade de drones do Hezbollah, Mohammed Srour.
A morte do dirigente foi confirmada pelo movimento xiita libanês apoiado pelo Irão.
De acordo com uma fonte próxima do Hezbollah, Mohammed Srour era um dos principais comandantes do movimento enviado para o Iémen para treinar os rebeldes houthi, igualmente apoiados pelo Irão.
Os bombardeamentos israelitas, que mataram mais de 700 pessoas desde segunda-feira, muitas delas civis, provocaram mais de 90 mil de deslocados internos, segundo a ONU.
Por outro lado mais de 31 mil refugiados entraram na Síria, de acordo com Beirute.
Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, disse que a luta vai continuar "até à vitória" e que não vai verificar-se "nenhum cessar-fogo no norte".
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que seria "um erro" para Netanyahu recusar a proposta de cessar-fogo no Líbano.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, reuniu-se com Ron Dermer, ministro dos Assuntos Estratégicos de Israel, na quinta-feira, "e sublinhou mais uma vez que o agravamento vai tornar mais difícil o regresso dos cidadãos israelitas e libaneses a casa", afirmou o seu porta-voz Matthew Miller.