Condenado em 2016 por crimes sexuais contra duas adolescentes, Jacky Jhaj encenou funerais, fez-se passar por produtor de cinema, aliciou crianças com álcool e contratou centenas de jovens para se fazerem passar por suas fãs. Um dos figurantes contratados para o casamento na Disneyland denunciou-o à polícia.
Corpo do artigo
O britânico detido depois de alugar a Disneyland Paris para encenar um casamento falso com uma menina ucraniana de nove anos é Jacky Jhaj, pedófilo condenado por crimes sexuais com duas adolescentes de 15 anos em 2016.
O homem, de 39 anos, organizou a encenação no parque temático no sábado, 21 de junho, e pagou a centenas de figurantes, mas um deles, contratado para interpretar o papel de pai da noiva, acabou por alertar as autoridades policiais. A BBC já tinha noticiado que, em 2023, Jacky Jhaj conseguiu contratar centenas de crianças para atuarem como suas fãs na falsa estreia de um filme na Leicester Square, em Londres.
Segundo avança o "The Telegraph", o pedófilo, descrito no processo judicial anterior como um "predador sexual perigoso", também chegou a simular funerais.
Durante o falso casamento na Disney, espaço que o homem arrendou por 130 mil euros durante algumas horas, antes da abertura ao público, Jhaj surgiu "maquilhado de forma profissional para parecer completamente diferente" e acabou detido e acusado de fraude, abuso de confiança, lavagem de dinheiro e roubo de identidade.
Fez-se passar por produtor de cinema
Em 2016, o britânico foi condenado por se fazer passar por produtor de cinema e abusar sexualmente de duas adolescentes de 15 anos. Na altura, Jacky Jhaj tinha 29 anos e disse-lhes que tinha 21.
Ao longo do julgamento, ficou provado que o homem se deslocava por Hounslow num Range Rover, aliciando crianças em idade escolar e oferecendo-lhes álcool e boleia para festas.
Em junho do ano passado, foi visto a dar presentes a crianças, junto a um local onde decorriam audições de dança, sendo que o pai de um dos menores o reconheceu do artigo que tinha sido publicado pela BBC.
Vários vídeos das suas simulações foram publicados numa conta de Youtube registada como canal oficial de um artista, com mais de 12 milhões de subscritores. Noutro canal da mesma plataforma, surgiram imagens de uma das vítimas de 15 anos de que o pedófilo abusou. Em declarações à BBC, a família da adolescente afirmou que Jacky Jhaj lhe "destruiu a vida", considerando "inaceitável" que o Youtube tenha deixado o vídeo online ao longo de quatro anos. Foi a própria BBC que alertou a Google, proprietária da plataforma, para o caso.