A transferência de um número significativo de detidos em Guantanamo está a ser preparada, disse um alto responsável da administração norte-americana, anunciando "avanços substanciais este ano" para o encerramento da prisão.
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"Há um número significativo de transferências em preparação, em diferentes estádios, e penso que veremos avanços substanciais este ano", disse o responsável, que não quis ser identificado.
Após a criticada libertação de cinco talibãs no passado fim-de-semana, em troca do militar norte-americano Bergdahl, restam 149 prisioneiros na prisão, que Barack Obama prometeu fechar quando era ainda candidato à Casa Branca.
De entre os 149 homens, 78 obtiveram "aprovação para transferência" das administrações de George W. Bush e Barack Obama.
Os dois enviados especiais do presidente Obama encarregados das transferências, Cliff Sloan, no Departamento de Estado, e Paul Lewis, no Pentágono, têm trabalhado bastante para encontrar países de acolhimento.
Os repatriamentos e transferências para países terceiros aumentaram nos últimos meses, tendo como destino a Argélia, a Arábia Saudita e o Sudão, e intensificaram-se as negociações com vários países como o Uruguai, a Colômbia ou a Alemanha.
O campo de detenção de Guantanamo faz parte da base naval norte-americana em Guantanamo, na ilha de Cuba, tendo sido criado em 2002, após os atentados de 11 de setembro do ano anterior, para interrogatórios e detenção de suspeitos de terrorismo.
Perto de 800 detidos, a maioria de origem afegã, paquistanesa e iraquiana, passaram pela prisão, que tem valido aos Estados Unidos muitas críticas devido a violações dos direitos humanos.