O presidente da região autónoma curda do Iraque, Masud Barzani, instou, este sábado, o Ocidente a acelerar o fornecimento de armas aos curdos que combatem os 'jihadistas' do Estado Islâmico.
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Em declarações ao semanário alemão "Focus", Masud Barzani defendeu que o Ocidente deve acelerar o apoio em armas e ajudar os curdos a impedirem que os 'jihadistas' "roubem petróleo", o que proporciona ao Estado Islâmico (EI) receitas de três milhões de dólares (2,3 milhões de euros) por dia, lembrando ainda que os sucessivos ataques aos bancos das cidades de Mossul e Tikirt permitiram "extorquir mais de 1.000 milhões de dólares (746 milhões de euros)".
Barzani tem prevista uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, que chegou ao Iraque este sábado, depois de ter participado, na sexta-feira, na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia em Bruxelas, em que debateram a situação iraquiana.
"Não precisamos de tropas estrangeiras. Temos suficientes militares com valor, mas faltam-nos armas modernas", salientou Barzani.
Antes de viajar para Bagdad, Steinmeier reafirmou a determinação do governo alemão em apoiar a luta dos curdos contra o Estado Islâmico, embora Berlim não tenha dito se vai ou não fornecer armamento.
"As imagens que diariamente nos chegam do Iraque sacodem-nos e indignam-nos", salientou.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia já manifestaram a sua determinação em apoiar os curdos.
Pouco depois da chegada do ministro alemão a Bagdad, aterrou no Iraque o primeiro transporte aéreo com ajuda humanitária proveniente da Alemanha.