O presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, celebrou, esta quarta-feira, a vitória no Carnaval do Rio de Janeiro e dedicou o prémio à comunidade tijucana, que representa uma das escolas de samba mais antigas da cidade.
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"O título não é só meu, é da equipa toda e do carnavalesco (Paulo Barros) também. Quero dar meus parabéns à comunidade do morro do Borel (onde a escola surgiu) e ir para casa descansar, porque estou muito cansado depois de tanta tensão", desabafou Horta, em declarações à televisão brasileira.
O português, radicado no Brasil desde os 12 anos, contou ter chegado "engasgado" para a contagem dos votos, já que, em sua opinião, a escola merecia o prémio desde o ano passado.
Em 2011, a agremiação desfilou com o enredo "Esta noite levarei sua alma", com uma apresentação recheada de fantasias e efeitos que abordavam o lado "sombrio" da imaginação. O título, no entanto, foi para a Beija Flor de Nilópolis.
Este foi o terceiro campeonato conquistado pela Unidos da Tijuca, e o segundo sob o comando de Fernando Horta.
Em 2010, a escola foi campeã com o enredo "É Segredo", quando abordou com especial originalidade os mistérios da magia.
Os efeitos de ilusão de ótica utilizados logo na abertura do desfile entraram para a história do Carnaval carioca como um dos artifícios mais originais jamais utilizados.
"Dou toda liberdade para ele fazer a inovação que quiser", afirmou Horta sobre o trabalho do carnavalesco Paulo Barros, reverenciado por ter "reinventado" o carnaval do Rio.
O primeiro título da Unidos da Tijuca foi conquistado em 1936, apenas cinco anos após a criação da agremiação, que surgiu como união de blocos carnavalescos de morros localizados no bairro da Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro.
A escola é uma das mais antigas da história do Carnaval brasileiro, sendo mais jovem apenas que as tradicionais Mangueira e Portela.