O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse preferir que o seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado da câmara baixa parlamentar, desista de se tornar embaixador do país nos Estados Unidos da América (EUA) para pacificar o partido de ambos.
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"O Eduardo [Bolsonaro] vai ter que decidir nos próximos dias, talvez antes de eu voltar ao Brasil, se ele quer ter seu nome submetido ao Senado para a embaixada ou não (...) Vai ter que decidir se quer se submeter, ou não", disse o Presidente brasileiro durante uma viagem ao Japão.
O chefe de Estado acrescentou: "No meu entender, ele ficar lá, ficar no Brasil. Ficar no Brasil, [para] pacificar o partido dele".
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Em agosto, Jair Bolsonaro disse que indicaria o filho para o cargo do embaixador do Brasil nos EUA, mas não formalizou a nomeação junto ao Senado [câmara alta parlamentar], responsável por aprovar os embaixadores indicados pelo Governo.
A atual declaração do Presidente brasileiro ocorre no meio de uma crise do Partido Social Liberal (PSL), dividido entre os apoiantes de Bolsonaro e correligionários que defendem o presidente do partido, Luciano Bívar.
O PSL também é alvo de investigações sobre candidaturas fantasma de mulheres nas anteriores eleições disputadas no país.
Na segunda-feira, Eduardo Bolsonaro, conseguiu reunir assinaturas de mais de metade dos membros do partido na câmara baixa parlamentar e tornar-se líder do PSL.
O PSL era uma formação de baixa representatividade no parlamento do país, com apenas um deputado, até às anteriores eleições, quando se tornou o segundo maior partido dentro da câmara baixa, elegendo 53 dos 513 deputados desta casa parlamentar.
Desde o início do ano, porém, o partido vive momentos conturbados porque é alvo de investigações sobre candidaturas fantasma.