O Presidente equatoriano Rafael Correa invocou na sexta-feira o risco de deterioração da saúde física e mental de Julian Assange, refugiado na Embaixada do Equador em Londres, numa entrevista exclusivo à AFP.
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O Presidente Correa, que participava numa cimeira da União das nações sul-americanas (Unasul) na capital peruana acrescentou que a situação do fundador da WikiLeaks se encontra nas mãos da Grã-Bretanha, Suécia e instâncias jurídicas europeias.
"Eu não falei com ele desde que entrou na nossa embaixada, mas a embaixadora informou-me que ele sofria de um ligeiro problema pulmonar sem gravidade", declarou.
Para o Presidente Correa, "a questão é que há perigo de que a saúde física e mental (de Assange) se deteriore pelo facto dele estar condicionado a um espaço reduzido sem poder fazer exercício ao ar livre. Isso complica a saúde de qualquer um".
Julian Assange, 41 anos, cidadão australiano, está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde que foi alvo de um mandado de extradição da justiça da Suécia, no âmbito de um processo que o envolve em crimes de violação e agressão sexual, acusações que nega.
As autoridades do Reino Unido já disseram que cumprirão o pedido de extradição sueco mal seja possível.