O presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, foi reeleito para um segundo e último mandato este sábado, com os resultados anunciados mais cedo que o esperado, após uma votação conturbada, mas a oposição já veio dizer que rejeita.
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Mnangagwa obteve 52,6% dos votos, informou a Comissão Eleitoral do Zimbabué num anúncio à noite na capital, Harare. O principal líder da oposição, Nelson Chamisa, obteve 44% dos votos, de acordo com a comissão.
Um porta-voz do partido da oposição afirmou, poucos minutos após o anúncio, que o resultado seria rejeitado por "ter sido feito à pressa" e "sem a devida verificação".
O resultado eleitoral deverá ser escrutinado depois de observadores eleitorais da União Europeia e da União Africana terem levantado questões sobre a preparação da votação e apontado um ambiente de intimidação contra os apoiantes de Chamisa.
A eleição deveria ter decorrido no dia 23 mas foi prorrogada um dia após atrasos e problemas com a impressão dos boletins de voto.
o anúncio dos resultados da eleição presidencial estava marcado para a próxima segunda-feira, mas chegou apenas dois dias depois da votação.
"Rejeitamos quaisquer resultados reunidos às pressas sem a devida verificação", disse Promise Mkwananzi, porta-voz do Partido da Coligação de Cidadãos para a Mudança de Chamisa.
"Aconselharemos os cidadãos sobre os próximos passos à medida que a situação evolui", acrescentou.
Este resultado mantém o partido no poder, ZANU-PF, na presidência.
ZANU-PF está no governo há 43 anos desde que o Zimbabué conquistou a independência do governo da minoria branca em 1980. Mnangagwa substituiu o autocrata de longa data Robert Mugabe num golpe em 2017 e venceu uma eleição por uma margem mínima contra Chamisa em 2018.