O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reafirmou a sua promessa de tentar encerrar a prisão de Guantánamo, durante o seu último discurso do Estado da União, na terça-feira à noite.
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Esta prisão, localizada em Cuba, "apenas serve de folheto de recrutamento para os nossos inimigos", sublinhou Barack Obama no tradicional discurso diante do Congresso dos Estados Unidos.
"Vou continuar a esforçar-me para fechar a prisão de Guantánamo: é cara, é inútil e não é mais do que um panfleto de recrutamento opara para os nossos inimigos", sustentou.
Encerrar a prisão de Guantánamo constituiu uma das principais promessas da primeira campanha eleitoral de Obama, cujo segundo e último mandato termina em janeiro de 2017.
São 103 os presos que permanecem em Guantánamo após as transferências de presos para terceiros países anunciadas nos últimos dias.
A Administração norte-americana prevê transferir, esta quinta-feira, de uma só vez, dez detidos, segundo informaram na terça-feira funcionários da Defesa ao canal de televisão Fox News.
Os detidos que aguardam julgamento pelas comissões militares criadas para julgar combatentes 'jihadistas' ou que não podem ser colocados em liberdade -- por serem considerados uma ameaça -- são "o maior desafio" para encerrar a prisão, segundo admitira Obama em dezembro último.
Obama adiantou que vai apresentar ao Congresso um plano para fechar a prisão e que não descarta usar a sua autoridade executiva para o fazer, no caso de os deputados não colaborarem.
O chefe de gabinete de Obama, Denis McDonough, reiterou no domingo, numa entrevista, que o Presidente continua comprometido com o encerramento de Guantánamo antes de abandonar o poder.
O discurso do Estado da União é uma tradição política americana iniciada pelo primeiro Presidente dos Estados Unidos, George Washington (1789--1797).
O discurso desta terça-feira foi o sétimo de Barack Obama, o 93.º dos discursos 'State of the Union' presidenciais de toda a história do país e o 225.º quando contabilizados todos os discursos escritos por Presidentes.
Eleito em 2008 e reeleito em 2012, Obama deixará a Casa Branca a 20 de janeiro de 2017.