O Presidente egípcio, Mohamed Morsi declarou esta sexta-feira aos seus apoiantes, reunidos junto do palácio presidencial, que o Egito está no caminho da "liberdade e da democracia", após o anúncio de um reforço significativo dos seus poderes.
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"A estabilidade política, a estabilidade social e a estabilidade económica é o que eu quero e pelas quais trabalho", referiu.
"Eu sempre estive, ainda estou e sempre estarei, se Deus quiser, com o povo, com o que o povo deseja, com uma clara legitimidade", declarou.
Na quinta-feira, o Presidente Mohamed Morsi decidiu assumir diversas disposições constitucionais que reforçam os seus poderes e afastou o procurador-geral do país, Abdel Meguid Mahmud.
Esta sexta-feira, mais cedo, o Morsi declarou à agência de notícias oficial Mena que está determinado a assumir suas funções reforçadas, denunciadas pela oposição como ditatoriais.
"Ninguém pode parar a marcha em frente (...). Eu tomei minhas funções ao serviço de Deus e da nação e tomei estas decisões após ter consultado todos", disse à agência de notícias.
Manifestantes que contestam o Presidente do Egito incendiaram hoje instalações do Partido da Liberdade e da Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, em várias cidades do país, noticiou a televisão pública.
Na cidade de Alexandria, uma sede do PLJ também foi atacada e registaram-se confrontos entre manifestantes a favor e contra Morsi. Estes incidentes provocaram dezenas de feridos.
No Cairo, milhares de pessoas, começaram a chegar de forma pacífica à emblemática Praça Tahrir, no centro da capital, para secundar os protestos convocados pela oposição não islamita contra a resolução presidencial.