O presidente francês, François Hollande, considera ser necessária "uma posição coordenada, comum" da União Europeia em relação às suspeitas de espionagem dos Estados Unidos.
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"É preciso que a Europa tenha uma posição coordenada, comum, em relação às exigências a apresentar e às explicações a pedir", declarou François Hollande, ao lado da homóloga lituana, Dalia Grybauskaite.
O chefe de Estado francês foi o primeiro líder a falar, na segunda-feira, sobre as suspeitas de espionagem norte-americana, ao declarar que "a França não pode aceitar este tipo de comportamento", que deve terminar "imediatamente".
Na Alemanha, um porta-voz da chanceler Angela Merkel, Steffen Seibert, considerou que os Estados Unidos devem "restabelecer a confiança" na relação com os aliados europeus.
A Bélgica, Grécia e Áustria exigiram explicações a Washington. Itália declarou "estar confiante".
Sobre os pedidos de asilo político que o ex-consultor dos serviços secretos norte-americanos (CIA) Edward Snowden, na origem da divulgação destas alegadas operações de espionagem, dirigiu a duas dezenas de países, incluindo a França - de acordo com o site WikiLeaks -, François Hollande afirmou que Paris "não tinha ainda recebido qualquer pedido de Snowden".
De acordo com o WikiLeaks, Edward Snowden apresentou pedidos de asilo em 21 países, incluindo a Rússia, Islândia, Equador, Cuba, Venezuela, Brasil, Índia, China, Alemanha e França.
O porta-voz do Kremlin precisou que Snowden tinha renunciado a pedir asilo político à Rússia, "ao tomar conhecimento ontem (segunda-feira) da posição de [o presidente russo Vladimir] Putin sobre as condições necessárias para ficar" no país.
Edward Snowden encontra-se na zona de trânsito do aeroporto Sheremetievo, de Moscovo, desde o passado dia 23 de junho, esperando que algum país o receba.