O presidente francês, François Hollande, congratulou-se hoje com a resolução do Conselho de Segurança da Nações Unidas relativa ao combate contra o autodenominado Estado Islâmico (EI), confiante de que irá dar um impulso à mobilização internacional.
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A resolução "vai contribuir para a mobilização das nações para a eliminação" do grupo jihadista, refere um comunicado difundido pelo Palácio do Eliseu"citado pela agência EFE.
O Conselho de Segurança da ONU autorizou na sexta-feira os países a "tomarem todas as medidas necessárias" para lutar contra o grupo extremista Estado Islâmico.
A resolução, apresentada pela França uma semana depois dos ataques terroristas de Paris e aprovada por unanimidade, apela aos Estados-membros da ONU para "redobrarem e coordenarem os esforços para prevenir e reprimir ataques terroristas" cometidos por aquele grupo extremista e outros ligados à Al-Qaeda.
O chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, saudou a adoção da resolução e referiu, em comunicado, que esta mostra a vontade mundial para lutar contra o autodemininado grupo Estado Islâmico.
"Agora é importante que todos os países se comprometam de forma concreta nesta luta, seja por meio de ações militares ou na busca de soluções políticas ou na batalha contra o financiamento do terrorismo", disse o ministro francês.
A resolução não dá qualquer base legal para uma ação militar e não invoca o capítulo VII da Carta da ONU, que autoriza o uso da força.
Mas, segundo diplomatas franceses, dá um apoio político internacional importante para a campanha contra o grupo extremista, que aumentou de intensidade desde os ataques do passado dia 13 em Paris, que provocaram a morte a pelo menos 130 pessoas.
A resolução apela aos Estados-membros da ONU que "têm capacidade para o fazer para tomarem as medidas necessárias, em conformidade com o direito internacional, no território controlado pelo grupo extremista Estado Islâmico, conhecido por Daesh, na Síria e no Iraque".