A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, promulgou este domingo a lei para a realização de novas eleições, sem permitir a participação do seu antecessor, Evo Morales, que renunciou ao fim de várias semanas de violentas manifestações.
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"Recebemos o mandato para realizar eleições limpas, justas e transparentes. Garanto que o conseguiremos", disse Áñez, depois de assinar o documento no palácio do Governo, em La Paz, durante uma cerimónia transmitida em direto pela televisão pública.
O texto da lei determina que Evo Morales não se poderá candidatar, já que proíbe qualquer pessoa que tenha cumprido dois mandatos de concorrer a um terceiro.
Evo Morales renunciou ao cargo, após várias semanas de violentas manifestações de protesto contra o resultado das eleições de 20 de outubro que o então presidente venceu, apresentando-se a um quarto mandato.
A lei tinha sido já aprovada no Senado, graças a um acordo entre o partido Movimento ao Socialismo (de Evo Morales) e a Unidade Democrática (de onde emergiu a Presidente interina) e o Partido Democrata Cristão.
Os senadores também deliberaram nomear um novo Supremo Tribunal Eleitoral, cujos sete membros foram muito contestados, na sequência dos resultados eleitorais de 20 de outubro.