Presidente sul-coreano suspende lei marcial após invasão militar do Parlamento
Yoon Suk Yeol, que classificara a Assembleia Nacional como “covil de criminosos”, enfrentou forte oposição dos deputados e manifestantes, que rejeitaram medida de emergência.
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O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, defez, já na madrugada de quarta-feira (esta terça-feira à noite em Portugal), a declaração da lei marcial de emergência no país. O decreto surpresa anunciado horas antes fora justificado por causa da Oposição, que segundo o conservador, tramava “atividades anti-estatais” e favoráveis à Coreia do Norte. Os militares chegaram a invadir o Parlamento cercado pela Polícia, enquanto os deputados que estavam no edifício exigiam a retirada do decreto do chefe de Estado.
“Declaro a lei marcial para proteger a República da Coreia livre da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças anti-estatais pró-norte-coreanas que estão a saquear a liberdade e a felicidade do nosso povo, e para proteger a ordem constitucional livre”, afirmou inicialmente Yoon, citado pela Reuters. “O nosso Parlamento tornou-se um covil de criminosos. Paralisou os sistemas administrativos e jurídicos ao forçar legislação [da Oposição] e está a tentar derrubar o nosso sistema democrático”, acusou.