O presidente ucraniano, Petro Porochenko, dissolveu esta segunda-feira o parlamento, convocando eleições antecipadas para 26 de outubro.
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"Eu decidi prematuramente por fim aos poderes do Parlamento", refere o sítio oficial do presidente ucraniano.
A decisão do presidente era esperada, depois do fim da coligação governamental no parlamento e após o empenho de Porochenko, a 1 de agosto, em convocar eleições legislativas para o outono e não para 2017, como estava inicialmente previsto.
O presidente ucraniano declarou hoje ter o direito de dissolver o parlamento na medida em que, passado um mês, não se conseguiu formar uma coligação.
Porochenko justificou ainda a sua decisão dizendo que alguns dos atuais deputados são "partidários da rebelião separatista e favoráveis à língua russa na Ucrânia meridional e oriental".
Os combates entre forças pró-russas e forças leais a Kiev já fizeram em quatro meses mais de 2.200 mortos, milhares de feridos e centenas de milhares de deslocados e refugiados.
Entretanto, os serviços de segurança ucranianos afirmaram hoje que os militares prenderam dois paraquedistas russos no leste da Ucrânia e que seriam interrogados no contexto de um inquérito criminal.
Em comunicado, os serviços de segurança (SBU) referiram que soldados da 98.ª divisão aerotransportada, localizada na Rússia central, foram presos perto da cidade de Donetsk, o bastião das forças pró-russas.
"A entrada ilegal na fronteira por cidadãos russos é o motivo que levará as autoridades ucranianas a realizarem o inquérito", salienta em comunicado.