Presos sobreviventes do incêndio deflagrado numa prisão hondurenha que causou a morte de mais de 350 pessoas denunciaram não terem recebido ajuda dos responsáveis do estabelecimento penal, tendo o Presidente ordenado uma investigação "transparente" para apurar as causas da tragédia.
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"Este é um dia de profunda dor para as Honduras", disse o Presidente Porfirio Lobo numa mensagem ao país, após o incêndio na prisão de Comayagua, a cerca de 80 quilómetros da capital, Tegucigalpa, e onde estavam presas 853 pessoas.
Lobo prometeu empreender uma investigação com "total transparência" para determinar " as causas da "tragédia inaceitável", e como primeira medida anunciou a suspensão dos postos de trabalho de todos os responsáveis da prisão até à conclusão do inquérito, para "apurar responsabilidades".
Alguns sobreviventes denunciaram que os guardas se negaram a abrir os calabouços depois do início do incêndio, que as autoridades crêem ter sido provocado por um preso que ateou fogo ao seu colchão, estando também a ser investigado um eventual curto-circuito.
Esta é a pior tragédia ocorrida nos 24 centros penitenciários hondurenhos, que têm capacidade para 8000 presos, mas que albergam quase 16000 pessoas, segundo fontes da polícia das Honduras e organismos humanitários locais.