O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, aconselhou, esta quinta-feria, "cautela" ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na reconquista da cidade de Kherson às forças russas e confirmou o envio de mais mísseis.
Corpo do artigo
Segundo um porta-voz do primeiro-ministro britânico, os dois líderes, que mantiveram uma conversa, "concordaram que qualquer retirada russa da cidade ocupada de Kherson demonstraria um forte progresso para as forças ucranianas e reforçaria a fraqueza da ofensiva militar russa, mas é necessário continuar a exercer cautela até que a bandeira ucraniana seja hasteada sobre a cidade".
Na quarta-feira, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, anunciou que as forças armadas russas iam retirar-se da cidade ucraniana de Kherson, na região com o mesmo nome, anexada ilegalmente por Moscovo em setembro.
Segundo avançou a agência de notícias TASS, a retirada das tropas russas ia ocorrer no lado ocidental (margem esquerda) do rio Dniepre.
Kherson, no sul da Ucrânia, é uma das regiões anexadas em setembro pela Rússia, tal como aconteceu com Lugansk, Donetsk e Zaporijia, ação que foi condenada pela comunidade internacional.
Além disso, Kherson é também um dos alvos de uma contraofensiva lançada pelas forças de Kiev há cerca de dois meses.
Na conversa com Zelensky, o primeiro-ministro britânico reiterou o apoio militar, económico e político do Reino Unido, incluindo o envio de mais 1.000 mísseis terra-ar e mais de 25.000 'kits' de inverno para os soldados ucranianos.
Segundo o porta-voz britânico, Zelensky terá dito que os meios militares britânicos estão a "proteger infraestruturas energéticas vitais e a ajudar as tropas ucranianas a avançar no campo de batalha contra a invasão injustificada de Putin".
Os dois líderes falaram ainda da necessidade de manter o apoio da comunidade internacional à Ucrânia, nomeadamente na reunião do G20 (grupo das economias mais desenvolvidas) na próxima semana, para responsabilizar a Rússia e evitar que esta bloqueie a exportação de cereais e fertilizantes ucranianos.
Moscovo já fez saber que o Presidente russo, Vladimir Putin, não estará na reunião do G20.