O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, afirmou, este domingo, que quer atrair investimento privado, mas não privatizará as redes e as infraestruturas do país, que são o "capital nacional, a riqueza natural e mineral".
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Na apresentação do programa do Governo, no parlamento, Tsipras sublinhou que apoia "todos os investimentos que contribuam para a criação de postos de trabalho" e que qualquer exploração da riqueza pública deve ser acompanhada de "um plano de investimentos que garantam o interesse público".
Alexis Tsipras, 40 anos, tomou posse como primeiro-ministro da Grécia a 26 de janeiro, após a vitória nas eleições legislativas do seu partido, o Syriza, que acordou uma aliança de governo com os nacionalistas Gregos Independentes.
Depois de uma ronda de contactos pela Europa, Tsipras apresentou este domingo o programa de Governo que inclui medidas como o aumento progressivo do salário mínimo nacional, de 580 euros para 750 euros, até 2016, e a recontratação dos trabalhadores da função pública que foram despedidos de forma ilegal.
Alexis Tsipras explicou que o plano de ajuda imediata pretende fazer face a uma "crise humanitária", atribuindo ajuda alimentar e eletricidade gratuitas, assim como acesso aos serviços de saúde para os que "foram mais castigados pela crise".
O primeiro-ministro afirmou ainda que a Grécia quer pagar a dívida externa - que ultrapassa 180 por cento do Produto Interno Bruto - e que cabe aos parceiros europeus aceitar negociar os meios técnicos para o fazer.