Primeiro-ministro francês apela ao voto jovem com preservativo, Nintendo e carregador universal
O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, usou objetos, incluindo um preservativo e uma Nintendo Switch, para apelar ao votos dos jovens nas eleições europeias.
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O governo centrista de Attal está a lutar para reduzir a enorme vantagem da extrema-direita União Nacional (RN) nas sondagens de opinião quando a França votar nas eleições para o Parlamento Europeu no domingo.
No último dia legal de campanha em França, Attal usou um preservativo, uma consola de jogos Nintendo Switch e um carregador universal como prova de como a Europa traz benefícios aos jovens. "Estes três objetos têm algo em comum: a Europa", disse Attal, que é, aos 35 anos, o mais jovem primeiro-ministro francês, num vídeo publicado na sua página do Instagram.
Segundo Attal, foi graças à Europa que “todos os preservativos atendem a todas as exigências em termos de resistência e segurança”.
Além disso, a Europa forçou a Nintendo a substituir gratuitamente os comandos que já não funcionavam e está a obrigar os fabricantes a terem um único carregador de telemóvel a partir de dezembro.
Reafirmando um mantra do presidente Emmanuel Macron, Attal disse que a Europa está “em perigo” e arrisca ter uma “minoria de bloqueio” de deputados de extrema-direita no próximo Parlamento Europeu.
“Conto com vocês para votar no domingo” na lista do partido no poder liderada por Valerie Hayer, disse.
Uma sondagem da OpinionWay publicada na sexta-feira mostra a lista da RN com 33% dos votos e a coligação centrista de Macron com 15%, apenas um pouco à frente dos socialistas com 13%.
Macron também falou, na quinta-feira, sobre os riscos de uma vitória da extrema direita, alertando os franceses para não partilharem os arrependimentos dos britânicos que não votaram contra o Brexit no referendo de 2016. "Vamos, votem no dia 9 de junho, é muito importante. Digo isto porque sempre penso nos nossos amigos britânicos que não foram votar no dia do Brexit. Não ir votar é deixar o futuro do nosso continente e dos nossos país para outros", rematou.