O primeiro-ministro israelita defendeu esta segunda-feira o uso da força na faixa de Gaza com o direito que o país tem de defender as fronteiras contra a organização "terrorista" Hamas, após a morte de 52 palestinianos sob fogo israelita.
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"Todo o país tem a obrigação de defender o seu território", escreveu Netanyahu na sua conta na rede social Twitter.
"A organização terrorista do Hamas continua a proclamar a sua intenção de destruir Israel e é com esse fim que envia milhares de pessoas para forçarem a fronteira", acrescentou, assegurando que Israel continuará a agir "com determinação" para o evitar.
Cinquenta e dois palestinianos foram mortos, esta segunda-feira, na Faixa de Gaza, por soldados israelitas na fronteira, onde dezenas de milhares protestavam contra a transferência para Jerusalém da embaixada dos Estados Unidos em Israel, indicou o Ministério da Saúde local.
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De acordo com um novo balanço, estas mortes elevam para 106 o número de palestinianos mortos na Faixa de Gaza desde o início, a 30 de março, de um movimento de contestação em massa, e fazem também desta segunda-feira o dia do conflito israelo-palestiniano com mais mortes desde a guerra do verão de 2014 no enclave palestiniano.
Entre os 52 civis palestinianos abatidos esta segunda-feira a tiro pelo exército israelita, contavam-se "oito crianças com menos de 16 anos", afirmou o embaixador palestiniano na ONU, Riyad Mansour, em conferência de imprensa, acrescentando que "mais de 2.000 palestinianos ficaram feridos" durante os protestos.
A Faixa de Gaza é palco de confrontos desde o final da manhã, com os palestinianos a manifestarem-se contra a inauguração da embaixada dos Estados Unidos, que ocorreu na tarde desta segunda-feira na Cidade Santa.