O primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmygal, apelou às empresas portuguesas para que invistam no país, para ajudarem na reconstrução do país após a guerra.
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Shmygal manteve, esta quarta-feira, um encontro com o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, com quem abordou a futura operação de reconstrução de um país devastado pelos efeitos da invasão russa.
Portugal is ready to share the experience of accession with . We discussed support for reconstruction with the delegation of Assembly led by @ASantosSilvaPAR in Kyiv today. Called on business to invest in now. We appreciate 's comprehensive & rapid assistance. pic.twitter.com/m88ClMF6NH
- Denys Shmyhal (@Denys_Shmyhal) May 3, 2023
"Convidei as empresas portuguesas a investirem agora no nosso país, porque a recuperação da Ucrânia será o maior projeto desde a Segunda Guerra Mundial", disse Shmygal, que admitiu esperar o apoio de Lisboa para a "integração europeia da Ucrânia e para as aspirações de uma integração euro-atlântica".
O chefe do Governo ucraniano expressou ainda a sua gratidão às autoridades portuguesas pelo apoio financeiro, humanitário e de sanções contra a Rússia.
"Agradecemos a pronta transferência de armas e equipamentos, bem como o treino do nosso Exército", disse Shmygal.
Santos Silva - que lidera uma delegação parlamentar portuguesa de visita a Kiev - destacou a vontade de Lisboa de apoiar o alargamento da coligação de países que apoia a Ucrânia com a inclusão de nações africanas e latino-americanas que, de alguma forma, se possam sentir mais distantes do conflito no leste da Europa.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).