Primeiro padre espanhol expulso por pedofilia volta a ser processado por abuso sexual
O primeiro sacerdote expulso da Igreja espanhola por abuso sexual de menores está a ser novamente processado.
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Pere Barceló, que exercia na Igreja de Can Picafort, em Maiorca, foi condenado em 2016 a seis anos de prisão por ter violado várias vezes uma menina de 10 que frequentava a catequese na paróquia. Segundo avança o jornal "El País", a investigação partiu de uma denúncia feita pela vítima.
O ex-padre, que saiu da prisão em agosto do ano passado, está, agora, a ser processado por abusar sexualmente de uma menor entre 2008 e 2010. Segundo fontes judiciais citadas pelo jornal espanhol, a vítima revelou que os abusos só terminaram quando ela deixou de frequentar a igreja.
O juiz considerou haver indícios de crime contra o ex-sacerdote, novamente alvo de um processo. O advogado de defesa já recorreu para o Tribunal de Palma, que decidirá se Barceló, de 70 anos, se vai sentar no banco dos réus.
Trata-se do primeiro sacerdote expulso da Igreja espanhola por um caso de pedofilia. Em 2013, o Tribunal Eclesiástico considerou-o culpado de crime sexuais contra três mulheres, que denunciaram agressões quando ainda eram menores. Nessa altura, Barceló foi proibido de exercer. Mas só em 2016 um dos casos foi a julgamento, resultando na condenação.