Um juiz italiano ordenou esta segunda-feira que Filippo Claudio Giuseppe Felazzo, que espancou até à morte um migrante nigeriano, numa rua na cidade italiana de Civitanova, na semana passada, permaneça preso.
Corpo do artigo
O caso, que aconteceu na sexta-feira passada, chocou o país, não só pela brutalidade da agressão, mas pelo facto de vários transeuntes terem testemunhado e registado o ataque em vídeo sem intervir para salvar o vendedor ambulante nigeriano, Alika Ogochukwu, de 39 anos.
Segundo a sua advogada, o agressor, Filippo Claudio Giuseppe Felazzo, que confessou e pediu desculpa pelo crime, está agora a colaborar com as autoridades e garantiu que o racismo não foi o motivo pela agressão.
Da mesma forma, os investigadores acreditam que Felazzo, de 32 anos, atacou o homem nigeriano por "motivos fúteis" e o racismo não foi citado como fator agravante.
O italiano também tem um historial de problemas mentais e está sob a guarda legal da sua mãe.
O detido foi acusado de homicídio, bem como de roubo, uma vez que também levou o telemóvel de Ogochukwu.
Ogochukwu deixa para trás uma esposa e um filho de oito anos, bem como uma menina de 10 anos de quem cuidava.
"As desculpas não são suficientes", disse a família de Ogorchukwu, mediante o advogado, "o que é necessário agora é justiça, e não a vingança".
Um porta-voz da associação dos nigerianos em Itália, Patrick Guobadia, afirmou que "se tivessem sido dois italianos, as coisas teriam corrido de forma diferente -- alguém teria intervindo para os separar".
Em resposta, o município local criou um fundo de 15 mil euros para ajudar a família da vítima.
15062848