Uma professora e a mãe de uma aluna do ensino secundário na Coreia do Sul foram detidas por invadirem uma escola para roubar exames, informou a polícia à AFP na quarta-feira.
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O país é conhecido por dar extrema importância ao desempenho académico, com o seu exame de admissão anual a obrigar à paralisação das aeronaves durante as provas de compreensão oral em inglês.
A dupla é acusada de invadir uma escola em Andong, a cerca de 270 quilómetros a sul da capital Seul, por volta da 1 hora de 4 de julho, para roubar exames, acionando um alarme e levando à detenção.
"Uma professora de 31 anos e uma mãe de 48 confessaram o crime", disse um detetive da esquadra de Andong, que falou sob anonimato.
A professora era professora particular da aluna enquanto trabalhava na escola, onde ensinou até fevereiro do ano passado.
A polícia suspeita que a dupla possa ter cometido roubos semelhantes no passado, ajudando a aluna a obter bons resultados académicos, e que o dinheiro tenha sido trocado entre a professora e a mãe.
"Tentaram roubar exames de várias disciplinas, não apenas de coreano, que a suspeita lecionava", disse o detetive à AFP.
Um funcionário da manutenção da escola também foi detido por auxiliar no assalto noturno.
A aluna, que mantinha notas elevadas desde a sua matrícula em 2023, foi expulsa e as suas notas foram anuladas, segundo a agência de notícias Yonhap.
Este é o mais recente de uma série de escândalos relacionados com exames na quarta maior economia da Ásia. Quase 250 professores de escolas públicas e privadas foram apanhados a vender simulados a instituições privadas ao longo de seis anos, ganhando uma média de 61 mil dólares (52,5 mil euros) por pessoa, de acordo com o órgão de auditoria estadual em fevereiro.