Uma proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza foi apresentada ao movimento islamita palestiniano Hamas, prevendo a suspensão das hostilidades durante 40 dias e a libertação de reféns e prisioneiros, declarou esta segunda-feira o chefe da diplomacia britânico, David Cameron.
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"Uma proposta muito generosa de um cessar-fogo de 40 dias e da libertação de milhares de prisioneiros palestinianos em troca da libertação dos reféns" foi apresentada ao Hamas, disse Cameron numa reunião do Fórum Económico Mundial na capital saudita, Riade.
Uma delegação do Hamas é hoje esperada no Egito para dar uma resposta à mais recente proposta dos mediadores para uma trégua na Faixa de Gaza associada à libertação dos reféns em poder do movimento islamita palestiniano, após quase sete meses de guerra entre Israel e o Hamas naquele território palestiniano.
"Espero que o Hamas aceite este acordo e, francamente, toda a pressão do mundo e todos os olhos devem estar hoje postos nele para lhe dizer que aceite este acordo", afirmou Cameron.
"O acordo proposto levará ao fim dos combates, que todos desesperadamente desejamos", acrescentou.
O Egito, o Qatar e os Estados Unidos tentam há meses negociar um acordo entre Israel e o Hamas, e a recente dinâmica parece sugerir um novo impulso para pôr fim aos combates.
O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) britânico defendeu, além disso, um "horizonte político para uma solução de dois Estados", com uma Palestina independente coexistindo com Israel.
"Os responsáveis [pelo ataque] de 07 de outubro, os dirigentes do Hamas, devem abandonar Gaza e as infraestruturas terroristas em Gaza devem ser desmanteladas", sublinhou.
"O povo palestiniano deve ter um futuro político, mas a segurança de Israel também deve ser garantida, e estes dois elementos devem ocorrer a par um do outro", concluiu.