Dezenas de habitantes da urbanização Palo Verde, na zona leste de Caracas, bloquearam os acessos àquela localidade em protesto pela falta de energia elétrica, há 12 dias, e também de água.
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"Há 12 dias sem luz, o que se passa Corpoelec (Corporação Elétrica Nacional da Venezuela)?" lia-se num grande cartaz.
Segundo explicaram aos jornalistas, a falta de energia elétrica afeta pelo menos 200 famílias daquela localidade desde 7 de março, dia em que uma falha na central hidroelétrica de El Guri deixou quase toda a Venezuela durante vários dias sem eletricidade.
Alguns manifestantes queixaram-se ainda de que estavam também sem serviço de gás.
Entretanto, através do Twitter, vários utentes denunciaram que parte do leste de Caracas esteve esta segunda-feira de novo às escuras, incluindo as localidades de El Rosal, Chacao, Chacaíto, Altamira, Santa Paula, Las Mercedes, El Cafetal, Campo Alegre, Los Naranjos e La Urbina.
Em Santa Fé (sudeste), depois de sete dias contínuos de ausência, a energia elétrica esteve "estável" durante o fim de semana, disseram vários portugueses à Agência Lusa.
Por outro lado, a sul da capital, a população de Santa Mónica está há mais de 10 horas sem eletricidade.
No Estado de Miranda, a leste da capital, explodiram os transformadores de uma subestação elétrica em el Cloris, deixando às escuras as cidades de Guarenas e Guatire.
Por outro lado, em Carrizal, a sul de Caracas, dezenas de pessoas protestaram por estarem há mais de dois meses sem água.
"Carrizal sem água" lia-se nos cartazes enquanto a população gritava "queremos água".
Os manifestantes concentraram-se junto da sede da câmara municipal local à espera de respostas da empresa estatal de água, Hidrocapital.