Protestos pós-eleitorais em Moçambique provocam filas de horas por combustível
Mais de 250 pessoas morreram em dois meses de manifestações contrárias aos resultados eleitorais, indicou esta sexta-feira uma ONG moçambicana. O maior hospital de Moçambique está com a morgue lotada e a população de Maputo enfrenta filas de veículos nas poucas bombas com combustível.
Corpo do artigo
A onda de manifestações contra os resultados eleitorais das presidenciais de 9 de outubro ganhou uma nova vaga esta semana com a proclamação dos resultados pelo Conselho Constitucional de Moçambique, na segunda-feira. Desde então, 134 pessoas morreram no contexto dos protestos, totalizando 261 óbitos desde 21 de outubro.
O balanço da plataforma eleitoral Decide, divulgado esta sexta-feira e com dados até ao final de quinta-feira, assinala ainda que 573 pessoas foram baleadas – 228 apenas desde o início da semana. O maior número de mortes em quatro dias, segundo a organização não-governamental (ONG), foi na cidade de Maputo, com 36.