Partido de Pedro Sánchez quer esperar por posse de nova legislatura, a 17 de agosto. Sem nacionalistas bascos, Alberto Núñez Feijóo tenta manter negociações.
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Mesmo precisando dos independentistas catalães, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), segundo partido mais votado nas eleições de domingo, opôs-se à ideia de um novo referendo pela independência e de uma amnistia aos líderes do Juntos pela Catalunha (JxCat). O partido de Pedro Sánchez quer, por enquanto, adiar as conversações para a formação de um novo Governo até 17 de agosto, data da investidura da nova legislatura. Já o conservador Alberto Núñez Feijóo classificou como “uma conclusão precipitada” a perspetiva de o Partido Popular (PP), o mais votado, não conseguir apoios para um Executivo.
Sem pressa, o PSOE tenta evitar especulações sobre a negociação com o JxCat. Isabel Rodríguez, ministra da Política Territorial e porta-voz do Governo, garantiu esta terça-feira que, na Catalunha, “só cabe o quadro constitucional”. A socialista, citada pela agência de notícias Europa Press, comentava as exigências dos independentistas catalães, que querem um novo referendo e a amnistia da liderança do partido – incluindo o eurodeputado fugido da justiça e ex-presidente de Governo da Catalunha, Carles Puigdemont. Um possível indulto concedido por Madrid para o líder catalão, que atualmente encontra-se em Bruxelas, só poderá ocorrer, no entanto, se este for julgado e condenado.