A Polícia Federal do Brasil desencadeou a 23.ª fase da operação que investiga os casos de corrupção na Petrobras. O publicitário João Santana, responsável por campanhas eleitorais do Partido do Trabalhadores, é alvo de um mandado de detenção.
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O publicitário João Santana, sobre quem impende um mandado de prisão na nova fase de investigação da operação Lava Jato, está na República Dominicana, mas deve chegar ao Brasil ainda esta segunda-feira, informou seu advogado à Justiça brasileira.
João Santana liderou as campanhas publicitárias do Partido dos Trabalhadores (PT) na reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e na eleição da atual chefe de Estado, Dilma Rousseff.
O Ministério Público brasileiro está a inquirir a relação de João Santana com a empresa Odebrecht, alvo de investigações de corrupção na Petrobras.
Os delegados do Ministério Público envolvidos no caso disseram em Curitiba que João Santana está a ser investigado porque teria recebido, em várias ocasiões, verbas da Odebrecht no valor total de 2,7 milhões de euros (3 milhões de dólares), depositadas em contas na Suíça.
Esta segunda-feira, a polícia federal desencadeou a 23.ª fase da operação Lava Jato, cumprindo medidas cautelares de busca, apreensão e prisão de suspeitos.
A Lava Jato investiga grandes empresas brasileiras que obtiveram contratos da Petrobras manipulando licitações por meio do pagamento de suborno a ex-diretores da petrolífera e políticos.
Além da Odebrecht, cerca de 20 outras companhias e cinquenta políticos são investigados, muitos deles membros dos partidos da coligação política que suporta o governo da Presidente Dilma Rousseff.