Governo regional da Catalunha defende atuação dos Mossos d’Esquadra mas abre inquérito. Força policial catalã diz que os dois oficiais detidos “não merecem usar o uniforme”.
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Carles Puigdemont cumpriu na quinta-feira passagem-relâmpago por Barcelona, discursou perante centenas de apoiantes e esfumou-se nos bastidores, com uma retirada triunfal de palco que trocou as voltas às autoridades catalãs que esperavam detê-lo na chegada ao Parlamento regional, onde decorreria a investidura do socialista Salvador Illa. Segundo o secretário-geral do seu partido, Junts per Catalunya (JxCat), o líder independentista regressou a Waterloo, na Bélgica, há sete anos local de exílio do catalão. Gonzalo Boye, advogado do ex-presidente do Governo Regional da Catalunha, admitiu hoje que “tudo correu como planeado”. Sob suspeita, a polícia catalã – Mossos d’Esquadra – recusa que tenha havido qualquer acordo com Puigdemont para permitir a dramática fuga.
“[Puigdemont] não veio render-se, veio para lutar”, disse Boye, aludindo à intervenção pública do independentista no centro de Barcelona, após a qual escapou apesar do forte dispositivo policial.