Forças do Governo interino lançaram ofensiva na quinta-feira, com ONG a registar “execução” de pelo menos 90 civis alauitas, minoria do ex-presidente deposto.
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O Governo interino da Síria, controlado pelos islamitas do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), responsáveis pela deposição de Bashar al-Assad, em dezembro, lançou ontem a maior operação de segurança desde que chegou ao poder. A purga contra combatentes leais ao ex-presidente provocou hoje pelo menos 90 mortos da minoria étno-religiosa alauita, grupo ao qual Assad pertence.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede em Londres, informou que as forças de Damasco “executaram” a tiro 90 civis alauitas, incluindo seis mulheres, nos distritos de Baniyas, Latakia e Jableh, no noroeste do país. O balanço foi divulgado pela organização não-governamental (ONG) com base em vídeos verificados e testemunhos de familiares dos falecidos. A ONG somou já 185 óbitos desde quinta-feira – os outros 105, incluindo civis, foram mortos durante combates.