As três jovens que compõem a banda punk russa "Pussy Riot", condenadas a dois anos de prisão por cantarem uma canção contra Vladimir Putin, não vão pedir perdão ao presidente russo, disse o advogado da banda.
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"As nossas clientes não vão pedir perdão", disse o advogado de defesa Nikolai Polozov à agência France Press, acrescentando: "Literalmente, o que elas disseram foi: 'Eles que vão para o inferno com o seu perdão'".
Nikolai Polozov adiantou que a sua equipa pretende apresentar recurso da sentença assim que receber uma cópia do veredito.
Na sexta-feira, as três jovens do grupo punk "Pussy Riot" foram condenadas a dois anos de prisão por um tribunal de Moscovo, por "vandalismo" e "incitamento ao ódio religioso".
A sentença foi lida pela presidente do tribunal Khamovnitcheski de Moscovo, a juíza Marina Syrova, que estabeleceu um prazo de dez dias para o recurso.
Em fevereiro, as três jovens - Nadejda Tolokonnikova, de 22 anos, Ekaterina Samoutsevitch, de 29, e Maria Alekhina, de 24 -, entraram encapuzadas na catedral do Cristo Redentor (ortodoxa), em Moscovo, e cantaram uma canção de protesto na qual pediam à Virgem para "perseguir" o presidente russo Vladimir Putin.
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, condenou a sentença aplicada aos membros das Pussy Riot, considerando a decisão da justiça russa "desproporcionada".