O presidente russo pediu, esta segunda-feira, à Ucrânia que garanta a segurança dos navios que usam o corredor de exportação de cereais, acusando-o de ser uma "ameaça" após a frota do Kremlin ter sido atacada na Crimeia no sábado.
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"A Ucrânia deve garantir que não haverá ameaça à segurança dos navios civis. (...) Este ataque foi lançado pela Ucrânia contra os navios da frota do mar Negro... Criaram um perigo para os nossos navios e navios civis", disse Vladimir Putin, numa conferência de imprensa, acusando Kiev de utilizar o corredor de cereais para realizar o ataque.
Enfatizando que a Rússia não abandonou o acordo sobre as exportações de cereais, mas o "suspendeu", Putin acrescentou que se trata de uma "ameaça" para os navios russos e civis.
O acordo assinado em julho sob égide da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Turquia permitiu a exportação de milhões de toneladas nos portos ucranianos desde o início da ofensiva russa em 24 de fevereiro.
No sábado, a Rússia acusou a Ucrânia de atingir a sua frota na baía de Sebastopol, na Crimeia, com drones aéreos e submarinos.
O Kremlin assegurou que a operação foi planeada com o apoio de especialistas britânicos.
A Ucrânia denunciou um "falso pretexto" para a suspensão do acordo de cereais, enquanto Londres negou qualquer participação no ataque.