O presidente russo disse, este domingo, à chanceler alemã que o seu país vai respeitar a escolha do povo da Crimeia e manifestou preocupação com as tensões nas regiões da Ucrânia onde se fala russo.
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"Ficou estabelecido que a Rússia respeitará a escolha dos residentes na Crimeia", afirmou o Kremlin numa declaração após uma conversa telefónica entre Vladimir Putin e Angela Merkel.
"O Presidente russo manifestou, mais uma vez, preocupação com as tensões na Ucrânia no sul e sudeste, inflamadas por grupos radicais com a conivência das autoridades de Kiev", acrescenta-se na declaração, citada pela agência France Press.
O presidente russo insistiu que o referendo que se celebra na região autónoma ucraniana da Crimeia sobre a reunificação com a Rússia é legal, afirmando que Moscovo respeitará o resultado, noticia também a agência EFE.
Por suz vez, o primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, apelou ao envio "urgente" de observadores estrangeiros para as regiões Este e Sul do país.
Numa declaração divulgada e citada pela APF, o Governo de Kiev diz ter "pedido que a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) envie urgentemente uma missão de monitorização à Ucrânia".
"O seu mandato deverá incluir o Este e o Sul da Ucrânia, incluindo a Crimeia", refere Yatsenyuk, numa altura em que naquela península do Mar Negro decorre um referendo para decidir o eventual regresso do território à Rússia.