Depois de Barack Obama ter cancelado a reunião com Vladimir Putin, presidente da Rússia, o governo russo declarou, esta sexta-feira, que o convite ao dirigente dos Estados Unidos da América se mantém.
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O encontro entre a Rússia e os EUA estava previsto para setembro, em Moscovo, a capital da Rússia. Porém, depois do governo russo ter concedido asilo temporário a Edward Snowden, acusado de espionagem pelos EUA, o presidente Barack Obama cancelou a visita.
Além de se justificar com o caso do ex-técnico da CIA, o presidente norte-americano declarou que outros motivos pesaram na sua decisão, entre eles a falta de progressos nas conversações sobre o sistema de defesa antimíssil norte-americano, as relações comerciais e o respeito pelos direitos humanos.
Depois da decisão do presidente norte-americano, sucederam-se inúmeras críticas em Moscovo: os analistas acreditam que a relação entre os dois países se encontra no seu pior momento desde que Obama assumiu a presidência, em 2009.
"Respondemos que ficámos desiludidos com essa decisão, mas também sublinhámos que o convite que foi feito continua de pé. Esperamos que a parte americana volte a esta questão mais tarde ou mais cedo, porque é muito importante o diálogo entre Moscovo e Washington ao mais alto nível", declarou aos jornalistas Iúri Uchakov, assessor do presidente Putin.
"Esse diálogo é importante não só para os dois países, mas também para garantir a estabilidade e segurança mundiais", acrescentou Iúri Uchakov.
No encontro entre os líderes da Rússia e EUA, deveriam ser assinados vários documentos, entre os quais uma declaração sobre o desenvolvimento da cooperação entre ambos as nações na cooperação e investimentos, assim como um acordo de cooperação aérea nuclear.
Apesar de ter cancelado o seu encontro com Putin, Obama vai comparecer na cimeira do G-20, a ter lugar em São Petersburgo.