O presidente russo, Vladimir Putin, sugeriu a realização de uma reunião com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, com o objetivo de pôr fim à guerra na Ucrânia, em Moscovo, de acordo com duas fontes familiarizadas com uma chamada telefónica entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e Putin.
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A discussão entre Trump e Putin ocorreu durante negociações em Washington entre Trump, Zelensky e vários líderes europeus que apoiam a Ucrânia na sua luta contra a invasão russa. "Putin mencionou Moscovo" durante a chamada na segunda-feira, disse uma das fontes à AFP, acrescentando que Zelensky respondeu "não".
Uma fonte diplomática próxima das discussões revelou que os líderes europeus disseram a Trump que a proposta de Putin "não seria uma boa ideia". Após a cimeira na Casa Branca na segunda-feira, que incluiu os líderes alemão, francês, finlandês, italiano e britânico, Trump disse que o próximo passo para parar os combates, agora no seu quarto ano, seria uma reunião cara a cara entre Putin e Zelensky.
O líder ucraniano afirmou repetidamente nas últimas semanas que está disposto a sentar-se com Putin para pôr fim à invasão russa, que custou dezenas de milhares de vidas e deslocou milhões de pessoas.
Putin disse a Trump, durante a chamada na segunda-feira, que estava aberto à "ideia" de conversações diretas com a Ucrânia, disse o assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, revelaram os meios de comunicação estatais.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse na terça-feira que qualquer reunião entre os presidentes russo e ucraniano teria de ser preparada "muito cuidadosamente". Entretanto, a Suíça revelou que concederia imunidade a Putin se ele fosse ao país para conversações sobre a paz na Ucrânia, apesar do mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional.