O ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar afirmou, esta segunda-feira, "não haver uma justificação legítima" para o rompimento de relações diplomáticas anunciado por parte da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito.
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Estas medidas são "injustificadas" e "sem fundamento", reagiu o ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, em comunicado, considerando que têm um "objetivo claro: colocar o Estado (do Qatar) sob tutela, o que constitui uma violação da sua soberania" e é "totalmente inaceitável".
Os quatro países árabes anunciaram esta segunda-feira, num movimento sem precedentes, o corte de relações diplomáticas com o Qatar, acusando-o de desestabilizar a região e de apoiar o terrorismo, incluindo o grupo autoproclamado Estado Islâmico (EI).
Manifestando "o seu profundo lamento e surpresa", a diplomacia do Qatar denunciou uma "campanha hostil, fundamentada em calúnias (...) "testemunhando uma premeditação para prejudicar" o país.
O Qatar, membro do Conselho de Cooperação do Golfo, "respeita a soberania dos outros Estados, não interfere nos assuntos dos outros, além de que luta contra o terrorismo e o extremismo", acrescentou o ministério dos Negócios Estrangeiros.
O Conselho de Cooperação do Golfo junta, além do Qatar, a Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã.
O Qatar vai "tomar as medidas necessárias para travar tentativas de afetar a sua população e a sua economia", segundo o mesmo comunicado.
A diplomacia referia-se aos esperados impactos decorrentes do encerramento das fronteiras terrestres e marítimas, e do espaço aéreo pelos seus três vizinhos.